Os liberais clássicos defendem a concepção do Estado Mínimo, da não intervenção do Estado na economia e da livre concorrência. O mercado é a entidade divina em que todos os problemas, todos os desequilíbrios e todas as crises se resolverão graças ao processo naturalizado de seleção competitiva. Os liberais contemporâneos ou os novos liberais, no entanto, ainda que continuem endeusando o mercado, são como aqueles filhos que decretam sua independência e vão morar fora da casa dos pais, sem, contudo, deixar de receber uma polpuda mesada. Na primeira crise financeira, estes filhos liberais ligam imediatamente para a casa dos pais pedindo dinheiro para pagar as despesas. Se, com o tempo, esta estratégia não der resultado, os filhos liberais voltam a habitar o estado da casa dos pais até que as coisas melhorem e eles possam, novamente, reclamar o ambiente privado de sua independência.
Dizem que este comportamento é um resgate do keynesianismo. Mas, para o keynesianismo a questão central ...
"O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho." Theodor W. Adorno