quinta-feira, 23 de abril de 2009

O CAPITALISMO TOTAL FLEX

Os liberais clássicos defendem a concepção do Estado Mínimo, da não intervenção do Estado na economia e da livre concorrência. O mercado é a entidade divina em que todos os problemas, todos os desequilíbrios e todas as crises se resolverão graças ao processo naturalizado de seleção competitiva.

Os liberais contemporâneos ou os novos liberais, no entanto, ainda que continuem endeusando o mercado, são como aqueles filhos que decretam sua independência e vão morar fora da casa dos pais, sem, contudo, deixar de receber uma polpuda mesada. Na primeira crise financeira, estes filhos liberais ligam imediatamente para a casa dos pais pedindo dinheiro para pagar as despesas.

Se, com o tempo, esta estratégia não der resultado, os filhos liberais voltam a habitar o estado da casa dos pais até que as coisas melhorem e eles possam, novamente, reclamar o ambiente privado de sua independência.


Dizem que este comportamento é um resgate do keynesianismo. Mas, para o keynesianismo a questão central está na demanda efetiva, ou seja, na proporção de renda gasta em consumo e investimento. O pai keynesiano incentivaria seu filho capitalista a gastar e a investir, pois ele adota um conjunto de idéias que propõe a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego.

O pai keynesiano acredita que a economia segue o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desaparece graças às forças do mercado. O objetivo do keynesianismo é manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação.



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A foto é de Ludwig von Mises, economista austríaco e pai da Teoria dos Ciclos Econômicos.

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