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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

INJEÇÕES BILIONÁRIAS VÃO PIORAR A CRISE

O texto a seguir é um boletim do Laboratoire Européen d'Anticipation Politique (LEAP/E2020), uma organização multilateral com sede em Paris e que agrega economistas, escritores, cientistas sociais e artistas de várias partes do mundo. A leitura é importante, uma vez que trata-se dessa crise que vai atingir a todos, em todos os países, queiram ou não os neodesenvolvimentistas do PT. O texto confirma a gravidade que eu já havia anunciado aqui mesmo no blog e novamente contradiz o discurso de que "o pior já passou", adotado por alguns irresponsáveis desde o começo... Início da Fase 5 da crise sistêmica mundial: o deslocamento geopolítico global por GEAB [*] Desde fevereiro de 2006 o Laboratório Europeu de Antecipação Política (LEAP/E2020) vem estimando que a crise sistêmica global se desencadearia dentro de quatro grandes fases estruturantes: desencadeamento, aceleração, impacto e decantação. Esse processo descreveu bem os acontecimentos até hoje, mas a partir ...

ETNOCENTRISMO

Texto da jovem estudante Ana Horta, adolescente portuguesa que cursa o 10º ano (equivalente ao nosso 2º ano do Ensino Médio). O etnocentrismo é a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referência, julga outros indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios valores. Ele pressupõe que o indivíduo ou grupo de referência se considere superior àqueles que julga, e também que o indivíduo, ou grupo etnocêntrico, tenha um conhecimento muito limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade. O termo etnocentrismo foi utilizado pela primeira vez por W. G. Sumner (1906), e corresponde à atitude pela qual os hábitos ou comportamentos próprios são acriticamente encarados como sendo indiscutivelmente superiores aos hábitos ou comportamentos de outrém. É a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo toma como referência os valores partilhados no seu próprio grupo, quando avalia os mais variados assuntos. É uma atitude que encara o próprio grupo c...

O COURO QUE NÃO DEU NO COURO

“Amazônia 20º andar” é mais uma história do jornalista Guilherme Fiuza sobre gente que todo mundo acha que conhece, até aprender, em livros que parecem de ficção, que suas vidas não cabem no cotidiano de um repórter. Fiuza já virou pelo avesso a típica figura do traficante carioca, tirando-o do tiroteio nas favelas para um apartamento da Zona Sul em “Meu nome não é Johnny”. Agora, recruta nas melhores famílias da cidade os empresários João Augusto Fortes e Beatriz Saldanha para estrelar uma saga acreana nos seringais do Juruá, entre índios sedutores, viagens de canoa ou ayahuasca, pajés taumatúrgicos, intervenções miraculosas de São Raimundo Nonato em execuções sumárias e antropólogos que parecem formados na escola de Indiana Jones. Parece mentira. Mas o fato é que João Augusto e Beatriz puseram de pé, nos anos 1990, um projeto visionário de salvar a floresta pela exportação de couro vegetal – uma liga artesanal de pano rústico com látex que, industrializada numa reserva extrativista ...

O CAPITAL NÃO SOBREVIVE AO SEU PRÓPRIO SUCESSO

Entrevista de Francisco Alambert (foto) a Régis Bonvicino. Alambert, um dos mais importantes intelectuais brasileiros vivos, é professor titular de História da Universidade de São Paulo e Conselheiro do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. Entre seus livros, destacam-se A Semana de 22/A Aventura Modernista no Brasil, Dom Pedro I/O Imperador Cordial e Bienais de São Paulo, Memórias. Opera na confluência entre história e arte, o que confere um sentido singular ao seu trabalho, enriquecendo as duas áreas. Nessa entrevista ele discorre sobre a depressão econômica e suas consequências, defende Cuba, como um país de carências e não de miséria, reflete sobre Hugo Chávez, e sobre a morte do senso crítico na crítica – de um modo geral – na mídia e na arte. É contundente ao afirmar que “não há maneira de o capitalismo sobreviver ao seu próprio sucesso”. E conclui que “o mercado precisa de Viagra”. RÉGIS BONVICINO: A globaliz...

A TEORIA DO VALOR-TRABALHO E SUAS "REFUTAÇÕES"

O artigo a seguir é do professor Cláudio Gontijo, que possui graduação em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1977), mestrado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1978) e doutorado em Economia pela New School for Social Research (1991), EUA. Gontijo é professor-adjunto da Faculdade de Ciências Econômicas e professor da FEAD-Minas. Suas pesquisas têm ênfase em Economia Política, Macroeconomia e Teoria Monetária e Financeira, atuando principalmente nos seguintes temas: política macroeconômica, inflação, economia brasileira, política de estabilização e valor e distribuição. Esse artigo procura demonstrar que, apesar dos erros de Marx, a lei do valor possui caráter axiomático e representa fundamento necessário para o sistema de preços de produção, dando conta do duplo caráter das mercadorias, que, se custam capital para os capitalistas, custam trabalho tanto para os trabalhadores quanto para a sociedade como um todo. Demonstra-se que é através da teo...