
Na década de 70 praticamente todos os paises da América Latina estavam sob o domínio de sanguinárias ditaduras militares, cuja ideologia de cunho fascista era a resposta política à ameaça da Revolução Cubana que pretendia se expandir para outros países do subcontinente.
Era o tempo da Teologia da Libertação, que, com seu viés ideológico de matriz marxista, contribuiu de forma efetiva para a organização dos trabalhadores e dos camponeses em sindicatos e movimentos agrários que restaram depois na criação do PT e do Movimento dos Sem-Terra (MST).
A ação dessas alas da Igreja Católica era uma ameaça aos planos dos militares voltados para a manutenção dos interesses americanos no Brasil, seguindo a ideologia do capitalismo americano, intervencionista e excludente, que pretendia manter o subcontinente longe das ameaças de Fidel Castro e de sua luta de comunização da América Latina.
Entra em cena a CIA e a facilitação da implantação das seitas eletrônicas americanas em terras latino americanas como uma reação ao “perigo” que representava a Teologia da Libertação e a organização popular que os padres e bispos que seguiam esse movimento teológico promoviam, por meio das CEBs, do sindicalismo e da organização dos trabalhadores rurais.
A resposta americana foi a facilitação e mesmo o financiamento das seitas evangélicas copiadas do modelo americano, forjados pelos pastores eletrônicos que além de manterem multidões alienadas propagavam a ideologia do ocidente cristão contra o demônio do comunismo soviético.
Isso caiu como uma luva nos interesses dos generais brasileiros e vemos aí a expansão das seitas como Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Quadrangular, Renascer em Cristo e outras seitas, nitidamente cópias das similares americanas que buscavam o enriquecimento de seus líderes e a desarticulação de toda a organização popular trazida pela Teologia da Libertação.
Porém, da Teologia da Libertação nasceram o PT (o antigo, ideológico, não-fisiologista), os movimentos camponeses de luta pela terra, as pastorais como a da Criança e várias outras organizações populares que acabaram por derrotar os generais e implantar o Estado de Direito no Brasil. Enquanto as seitas, livres da “missão” de ser freio à expansão “comunista”, enveredaram pelo caminho da corrupção de suas lideranças e pelo enriquecimento ilícito e estelionatário de seus lideres mais famosos.
Portanto, é fácil entender a expansão dessas e de outras seitas evangélicas neopentecostais no Brasil, é fácil perceber que de Deus isso tem muito pouco e tem muito de reprodução do pior do capitalismo, aquele que só sobrevive da exploração financeira das pessoas em detrimento do enriquecimento de uma classe dominante que aqui podemos chamar a Burguesia dos Pastores Eletrônicos às custas da classe operária evangélica, tão ironicamente chamada nessas mesmas igrejas de “obreiros” e “fiéis”.
Você se percebe nesta trama?
Para quem quiser saber mais sobre essa análise conjuntural eu recomendo um livro muito interessante com o título: "Os demônios descem do norte" (foto), adaptação da Tese de Doutorado em Sociologia de Delcio Monteiro de Lima.
Fonte: Blog Papo Cabeça/Santarém
Para baixar o livro (em formato .doc) clique aqui.
Para comprar o livro clique aqui, aqui ou aqui.
Era o tempo da Teologia da Libertação, que, com seu viés ideológico de matriz marxista, contribuiu de forma efetiva para a organização dos trabalhadores e dos camponeses em sindicatos e movimentos agrários que restaram depois na criação do PT e do Movimento dos Sem-Terra (MST).
A ação dessas alas da Igreja Católica era uma ameaça aos planos dos militares voltados para a manutenção dos interesses americanos no Brasil, seguindo a ideologia do capitalismo americano, intervencionista e excludente, que pretendia manter o subcontinente longe das ameaças de Fidel Castro e de sua luta de comunização da América Latina.
Entra em cena a CIA e a facilitação da implantação das seitas eletrônicas americanas em terras latino americanas como uma reação ao “perigo” que representava a Teologia da Libertação e a organização popular que os padres e bispos que seguiam esse movimento teológico promoviam, por meio das CEBs, do sindicalismo e da organização dos trabalhadores rurais.
A resposta americana foi a facilitação e mesmo o financiamento das seitas evangélicas copiadas do modelo americano, forjados pelos pastores eletrônicos que além de manterem multidões alienadas propagavam a ideologia do ocidente cristão contra o demônio do comunismo soviético.
Isso caiu como uma luva nos interesses dos generais brasileiros e vemos aí a expansão das seitas como Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Quadrangular, Renascer em Cristo e outras seitas, nitidamente cópias das similares americanas que buscavam o enriquecimento de seus líderes e a desarticulação de toda a organização popular trazida pela Teologia da Libertação.
Porém, da Teologia da Libertação nasceram o PT (o antigo, ideológico, não-fisiologista), os movimentos camponeses de luta pela terra, as pastorais como a da Criança e várias outras organizações populares que acabaram por derrotar os generais e implantar o Estado de Direito no Brasil. Enquanto as seitas, livres da “missão” de ser freio à expansão “comunista”, enveredaram pelo caminho da corrupção de suas lideranças e pelo enriquecimento ilícito e estelionatário de seus lideres mais famosos.
Portanto, é fácil entender a expansão dessas e de outras seitas evangélicas neopentecostais no Brasil, é fácil perceber que de Deus isso tem muito pouco e tem muito de reprodução do pior do capitalismo, aquele que só sobrevive da exploração financeira das pessoas em detrimento do enriquecimento de uma classe dominante que aqui podemos chamar a Burguesia dos Pastores Eletrônicos às custas da classe operária evangélica, tão ironicamente chamada nessas mesmas igrejas de “obreiros” e “fiéis”.
Você se percebe nesta trama?
Para quem quiser saber mais sobre essa análise conjuntural eu recomendo um livro muito interessante com o título: "Os demônios descem do norte" (foto), adaptação da Tese de Doutorado em Sociologia de Delcio Monteiro de Lima.
Fonte: Blog Papo Cabeça/Santarém
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Comentários
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Além disso, gostaria que você me trouxesse a citação onde afirmo que a igreja Cristã é "uma cópia", ou algo parecido (não que discorde, mas acho que trata-se de uma afirmação um tanto genérica exatamente pelo motivo que você trouxe).
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O fato da CCB não pedir dinheiro nem "passar com sacolinha" é apenas um elemento no conjunto geral da análise trazida por esse livro.
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Portanto, sugiro que você aplique a sua crítica a si mesmo e leia o livro para em seguida podermos seguir com a discussão.
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Grato.
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Seu comentário é a tradução em espanhol de um pequeno trecho do livro sobre a CCB. Mas entenda: esta é uma obra acadêmica, e não apologética. Não é uma obra religiosa, nem está fundamentada em crendices ou "teologias" de qualquer ordem.
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Não pretende atacar esta ou aquela igreja com base em uma interpretação diferente da bíblia.
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O livro apenas situa essas igrejas em um contexto geral de estratégia sociopolítica e geoeconômica. É algo fácil de entender, mas seria bem mais fácil se vocês se dessem ao trabalho de ler O LIVRO INTEIRO, antes de fazer comentários.
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Mas, como vocês insistem em fazer o contrário, baseados na idéia de que o livro é uma opinião religiosa e não uma pesquisa sociológica, então sugiro que vocês leiam opiniões religiosas até que se sintam preparados a ler qualquer coisa que possa sair do mundinho fechadinho de vocês.
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Querem uma opinião religiosa sobre a CCB? Então entrem aqui: http://www.scribd.com/doc/7371258/Evangelico-s-v-Milton-Conhecendo-a-Congregacao-Crista-Do-Brasil-Para-Analisar
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Por fim, peço a gentileza de não me encherem mais o saco com suas antecipações de idéias sobre obras sociológicas que não leram (e que mesmo assim acham-se na autoridade de comentar).
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Grato.
Como estamos em um pais democrático, você está no seu direito, só procure não citar nomes pois você poderá responder a processos e para fazer uma critica antes é preciso conhecer bem a historia e a ideologias das tais "seitas" que eu reconheço como igrejas, é preciso saber a data que essas igrejas vieram para o Brasil e colocar as fontes da suas pesquisas, ouvir falar e pegar a história de uma só ou algumas e generalizar, seu texto fica meio se nexo não acha? Vá a uma das igrejas que você citou, e lá permanecer por no mínimo seis meses, se Deus não mudar sua opinião pelo menos você terá uma experiência para fazer critica, procure ler mais! Deus te abençoe!
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Mas obviamente você perceberia isto caso se desse ao trabalho de ler pelo menos a postagem antes de fazer sua crítica "democrática"...
gostei da forma como vc. tem tratado cada caso. Tenho ouvido falar há muito tempo desse livro "Os demônios descem do norte" - tenho procurado mas não tenho achado. Favor informar um endereço p/ que eu possa compra-lo. Assim que eu ler vou fazer contato contigo para agente bater um papo cabeça sobre o assunto,ok? Shalom!!!
acredito realmente no que foi exposto... muito bom mesmo sua exposição breve sobre o livro... absorveu o conteúdo em breves palavras...