segunda-feira, 23 de maio de 2011

RIO BRANCO DAS PRAÇAS

Das muitas coisas que não entendo no "projeto paisagístico" de Rio Branco está a enorme quantidade de praças no centro da cidade. Espaços que quase ninguém usa, inclusive nos finais de semana, graças à violência e a falta de opções culturais no dito centro da cidade.

Da ponte Juscelino Kubitschek até o prédio da prefeitura, em linha reta, são 5 praças: dos Povos da Floresta, do Senadinho, da Biblioteca Pública, da Revolução e dos Taxistas. Tudo em menos de 500 metros! E há outras praças, nas adjacências, geralmente pequenos espaços com meia dúzia de bancos que ninguém usa, exceto para vender badulaques e traquitanas durante o dia. À noite todas ficam, como de praxe, entregues às baratas.

O governo Tião Viana (PT) vem falando em modernização do Acre desde que assumiu. A prefeitura bem que poderia aderir à idéia e ajudar o povo: as ruas do centro já estão apertadas demais e a luta por estacionamentos é quase uma epopéia, especialmente ao meio-dia, quando os pais vão buscar as crianças nas escolas.

Que tal transformar todas essas praças em estacionamentos públicos? Não precisa derrubar as árvores, basta remover alguns bancos e aplainar o nível do solo. Na Praça da Revolução poderiam até construir um drive-in, um cinema público (ou terceirizado) com entrada simbólica. Além de melhorar na questão dos estacionamentos, ajudaria a reduzir pasmaceira cultural que hoje impera em Rio Branco, dando ao povo, de quebra, uma opção de lazer.

Algumas idéias radicais são necessárias de vez em quando. Aliás, por mim o centro deveria ser fechado desde a Avenida Ceará até as duas pontes. A área toda viraria um grande calçadão, como é hoje aquela região dos camelôs no centro da cidade. O trânsito ali está ficando inviável, as ruas são estreitas demais e a especulação fundiária, como sempre, só piora a situação.

Transformar as praças em estacionamentos e o centro em calçadão. Dá certo, é só querer.


A foto é da praça inútil na frente do Palácio Rio Branco. A propósito, a região já foi um estacionamento.

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