Basta morar no Acre, ser empresário e acionar o Forum de Desenvolvimento Sustentável do Acre (leia-se: Sua Majestade, Jorge Viana das Neves) quando seus intere$$es forem contrariados.
Confira aqui.
Nessas horas eu me pergunto: qual é a do PT? É compreensível que um governo popular crie alianças estratégicas para o desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural de uma região. É próprio da estratégia programática desta sigla e até Lênin, nos primórdios da URSS, lançou mão de algo parecido na vigência da Nova Política Econômica (NEP).
No entanto, em nome disso tentar enquadrar um órgão público e a imprensa só porque ambos tiveram a audácia de localizar trabalhadores em situação análoga à de escravidão no "centro comercial" de Rio Branco (alguns com jornada de 14 horas diárias, sem intervalo para almoço), é no mínimo indecente!
É indecente que a DRT seja chamada às pressas para uma reunião com empresários para explicar por que os fiscais andam com escolta quando sabe-se muito bem da onipotência e da truculência de muitos que se dizem "empresários" no Acre - aliás, não é curioso esse medo da Polícia Federal por parte de alguns "líderes do setor produtivo acreano"? Por que será?
É indecente a tentativa de impedir a sociedade de tomar conhecimento da exploração dos seus filhos e filhas nesses pardieiros que os "líderes do setor produtivo" criam para sugar a última gota do sangue de quem precisa de algum salário pra sobreviver.
É indecente determinar que a comunicação de crimes cometidos por empresas sanguessugas por meio da imprensa corresponde a "ver os empresários como vilões", conforme as palavras do presidente da FIEAC, Francisco Salomão, numa clara tentativa de desviar o assunto e atribuir a irregularidade, elipticamente, à imprensa que nada fez senão jornalismo caseiro ao denunciar um crime contra a legislação trabalhista. Nem mais, nem menos.
Por fim, é mais indecente que tudo isso usar prestígio, influência e poder político contra a classe dos trabalhadores e a favor da classe de "empresários" cujo percentual de lucro se deve ao trabalho do povo. Um povo que, em troca de um salário mirrado e nem sempre em dia, detona incessantemente a sua saúde em empresas que vivem à margem da lei.
Esta é a verdadeira indecência, especialmente se considerarmos que a origem de toda a riqueza, todo o dinheiro, toda a renda, todos os lucros que tem qualquer empresa no Acre, no Brasil e no resto do mundo têm como origem o esforço diário dos trabalhadores - não dos patrões.
Os verdadeiros empresários são os trabalhadores, algo que está cientificamente provado: os trabalhadores não só produzem a riqueza de uma empresa, mas produzem - e mantêm - as próprias empresas! É por isso que, para se manter na confortável posição de parasitas do trabalho alheio, alguns empresários tentam enquadrar os trabalhadores, o governo, a lei e até os aplicadores da lei (vide postagem anterior)...
Isso pode mudar? Depende de nós - de quem quer mudanças.
Confira aqui.
Nessas horas eu me pergunto: qual é a do PT? É compreensível que um governo popular crie alianças estratégicas para o desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural de uma região. É próprio da estratégia programática desta sigla e até Lênin, nos primórdios da URSS, lançou mão de algo parecido na vigência da Nova Política Econômica (NEP).
No entanto, em nome disso tentar enquadrar um órgão público e a imprensa só porque ambos tiveram a audácia de localizar trabalhadores em situação análoga à de escravidão no "centro comercial" de Rio Branco (alguns com jornada de 14 horas diárias, sem intervalo para almoço), é no mínimo indecente!
É indecente que a DRT seja chamada às pressas para uma reunião com empresários para explicar por que os fiscais andam com escolta quando sabe-se muito bem da onipotência e da truculência de muitos que se dizem "empresários" no Acre - aliás, não é curioso esse medo da Polícia Federal por parte de alguns "líderes do setor produtivo acreano"? Por que será?
É indecente a tentativa de impedir a sociedade de tomar conhecimento da exploração dos seus filhos e filhas nesses pardieiros que os "líderes do setor produtivo" criam para sugar a última gota do sangue de quem precisa de algum salário pra sobreviver.
É indecente determinar que a comunicação de crimes cometidos por empresas sanguessugas por meio da imprensa corresponde a "ver os empresários como vilões", conforme as palavras do presidente da FIEAC, Francisco Salomão, numa clara tentativa de desviar o assunto e atribuir a irregularidade, elipticamente, à imprensa que nada fez senão jornalismo caseiro ao denunciar um crime contra a legislação trabalhista. Nem mais, nem menos.
Por fim, é mais indecente que tudo isso usar prestígio, influência e poder político contra a classe dos trabalhadores e a favor da classe de "empresários" cujo percentual de lucro se deve ao trabalho do povo. Um povo que, em troca de um salário mirrado e nem sempre em dia, detona incessantemente a sua saúde em empresas que vivem à margem da lei.
Esta é a verdadeira indecência, especialmente se considerarmos que a origem de toda a riqueza, todo o dinheiro, toda a renda, todos os lucros que tem qualquer empresa no Acre, no Brasil e no resto do mundo têm como origem o esforço diário dos trabalhadores - não dos patrões.
Os verdadeiros empresários são os trabalhadores, algo que está cientificamente provado: os trabalhadores não só produzem a riqueza de uma empresa, mas produzem - e mantêm - as próprias empresas! É por isso que, para se manter na confortável posição de parasitas do trabalho alheio, alguns empresários tentam enquadrar os trabalhadores, o governo, a lei e até os aplicadores da lei (vide postagem anterior)...
Isso pode mudar? Depende de nós - de quem quer mudanças.
A foto é da Assessoria de Imprensa da FIEAC.
2 comentários:
Essa é uma situação complicada. O Estado, pelos canais de transmissão governamentais, se movimenta sempre em direção da rotatória do poder; quase uma redundância. Todos os conselhos de decisão do Acre são representados por estes jogadores. Os procedimentos, às vezes, são escancarados.
Linquei este post na esperança de vossa concordência.
Grato
Porfiro, temos que denunciar. Bem aqui ao lado, na Bolívia, o povo organizado está lutando pra mudar a sua realidade, apesar da resistência da estrutura fascista montada naquele país há tanto tempo quanto a nossa. O que não podemos é baixar a guarda. Temos que denunciar, reclamar, protestar, espernear! Nem que seja em um mísero blog...rs
Abraços e obrigado pela visita, meu amigo!
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