O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Felipe Pérez Roque, apresentou à Assembléia Geral das Nações Unidas o projeto de resolução cubano intitulado "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro, imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba". Pela décima sétima vez, a Assembléia votou sobre a questão.
O ato da aprovação só tem efeito simbólico. O mesmo no ano passado, quando a Assembléia condenou a política dos EUA, com 184 votos a favor do projeto que pedia a suspensão. Para que o bloqueio seja suspenso, é necessária uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, em que os EUA têm direito a veto. A discussão levanta a polêmica sobre a reforma da instituição.
Para o ministro cubano, o bloqueio constitui o principal obstáculo para o desenvolvimento econômico e social do país. Pérez Roque ressaltou que agora o debate e a votação da resolução ocorrem em um cenário diferente: a passagem de dois furacões, as eleições nos EUA e a crise financeira internacional. O ministro afirmou que o bloqueio "é uma política genocida e ilegítima".
Organismos internacionais se solidarizaram com a luta de Cuba pelo fim do bloqueio. A Comunidade Caribenha (Caricom) denunciou que o bloqueio é um impedimento ao desenvolvimento do Caribe e não somente um castigo a Cuba. Na Assembléia da ONU, o representante do Caricom, George Talbot, disse que a segurança de Cuba e a sua recuperação após a passagem dos furacões estão comprometidas pelo bolqueio.
O Movimento de Países Não Alinhados, que agrupa 118 países, também se pronunciou em favor de Cuba. O representante do movimento, o embaixador egípcio Maged Abdelaziz, afirmou que essa política dos Estados Unidos impõe obstáculos para a total realização dos direitos humanos do povo cubano.
Fonte: Agência Adital
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