segunda-feira, 18 de agosto de 2008

UMA AULA DO MISTER AMAZÔNIA

Da revista eletrônica O Eco


Às 9:50hs da manhã desta sexta-feira, com vinte minutos de atraso, o ministro de Assuntos Estratégicos do governo federal e candidato ao inexistente posto de czar da Amazônia, Roberto Mangabeira Unger, entrou no auditório da Coppe (na Universidade Federal do Rio de Janeiro) para discursar sobre o futuro da maior floresta tropical do mundo.

A platéia, em sua maioria composta por estudantes que lotaram a sala, parecia ansiosa para ouvir as considerações do coordenador do Plano Amazônia Sustentável (PAS) a respeito de uma região que sofre com o desmatamento ilegal e pressão internacional pela sua soberania. Ouviram um monte de obviedades que o ministro, aliás, só descobriu recentemente.


Luiz Pinguelli Rosa foi o grande destaque do encontro, promovido pelo Programa de Engenharia de Produção da Coppe para celebrar os 45 anos do instituto. Em cinco minutos de palestra, não disse nada de relevante e fez uma comparação absurda entre a situação da Amazônia e a do Cáucaso, na Europa Oriental. Era uma bobagem, mas pelo menos era uma novidade.

“O desmatamento não contribui para o país. Eu acabei de voltar do Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas, e me surpreendi com o governador Aécio Neves. Ele disse que a questão judicial não é o problema da Amazônia para assegurar a soberania brasileira. Ora, mas a Rússia acabou de invadir a Geórgia”, disse, sem explicar o que uma coisa tinha a ver com a outra.


Mas a estrela era Mangabeira. As lentes dos fotógrafos e das câmeras de televisão ainda procuravam o melhor foco quando o ministro iniciou sua palestra com uma advertência para botar qualquer audiência para correr.

“Vou falar durante 50 minutos, mais do que costumeiramente faço. Mas é muito pouco para gerar uma dialética entre o geral e o particular”, disse, para espanto geral. A palestra foi dividida em três partes: a primeira sobre a necessidade de ruptura do Brasil com as tendências ideológicas fundamentadas na Europa do século passado; depois os sete passos necessários para encher de conteúdo prático o, até agora, vazio discurso de desenvolvimento sustentável.



Minha opinião:

O governo Lula já mostrou a que veio. Os movimentos sociais, rurais e urbanos, precisam urgentemente reencontrar suas bases. Intelectuais de gabinete também precisam sair da sala de aula e começar a escrever. Jornalistas comprometidos com a democratização da sociedade (leia-se: evitar um apocalipse ambiental no médio prazo) também devem buscar alternativas que permitam levar informações honestas sem ter que passar pela censura, do governo ou do próprio jornal. Ou isso, ou nada.
Fica o aviso...

3 comentários:

lingualingua.blogspot.com disse...

Por favor, retire aquele "s" de "hs". Se vc não retirar, coloc-á-lo-ei na Ronda Gramatical.

lingualingua.blogspot.com disse...

colocá-lo-ei

Jozafá Batista disse...

Aldo, o texto não é meu. E deixe de frescura...