segunda-feira, 17 de novembro de 2008

UMA PROPOSTA PARA O SINJAC

Martim Martiniano, um dos acusados de envolvimento no assassinato do médico Abib Cury, concedeu uma entrevista coletiva aos jornalistas de Rio Branco. Novamente nem os repórteres nem o próprio acusado usaram a expressão "Estado Maior" para designar o grupo de empresários que teria encomendado o assassinato.

Entretanto, de acordo com o Ministério Público Estadual (MPE) e segundo o que o próprio Martiniano deu a entender, há mais empresários envolvidos e que devem ser presos. Por isso dou aqui uma sugestão ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Acre (Sinjac): a ocupação, pelos funcionários, das empresas jornalísticas cujos proprietários estejam envolvidos no crime.

Se é um crime contra o cidadão e a democracia a criação de uma empresa privada com dinheiro do contribuinte, o que podemos dizer da sua manutenção às custas de execuções sumárias?

Tomar as empresas envolvidas é o mínimo que os trabalhadores podem e devem fazer, dada a origem de praticamente todos os jornais acreanos. Além disso, não é preciso lembrar que todos os jornais, indistintamente, se mantêm também com dinheiro público!


Ocupar as empresas e administrá-las coletivamente, como categoria, é a única forma de devolver ao povo acreano ao menos parte do investimento público milionário que legal ou ilegalmente é feito há vários governos. É dever do Sinjac legalizar esse investimento público, mantendo-o e prestando contas para a sociedade. Isso é o mínimo que profissionais de imprensa podem fazer pela combalida ética - política e profissional.

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